Nos últimos anos, o conceito de interfaces conversacionais tem ganhado destaque, impulsionado por avanços em linguagem natural e chatbots. No entanto, a ideia de "conversa" em UX vai além de comandos de voz e chatbots. Ela deve abranger o design de produtos e serviços como um todo, criando interações mais humanizadas e significativas.
A Conversa como Base do Design
Quando interagimos com um produto ou serviço, estamos, na verdade, engajando em uma conversa. Pense em uma splash screen de um aplicativo como um "Olá" e uma dashboard como "Aqui está o que aconteceu enquanto você esteve fora". O processo de onboarding é uma introdução: "Isso é quem eu sou e o que posso fazer por você". Emmet Connely, da Intercom, destaca que o design sempre foi sobre input/output, pergunta e resposta. As máquinas reagem a estímulos humanos, e cada vez mais, as interações serão baseadas em nossos comportamentos, locais que frequentamos e conexões que fazemos. As conversas são fundamentais porque refletem a forma como nos relacionamos com o mundo.
Modelos Conversacionais: Estruturando Diálogos
Para projetar experiências como conversas, precisamos entender os modelos conversacionais. Paul Pangaro, adaptando a Teoria Conversacional de Gordon Pask, propõe o modelo CLEAT: Contexto, Linguagem, Engajamento, Acordo e Transação. Esses elementos são essenciais para qualquer interação, seja com um produto ou serviço.
Contexto: O contexto é crucial para entender como e onde a interação ocorre. Ele determina o tipo de linguagem e o tom que devem ser usados para garantir que a comunicação seja eficaz. Por exemplo, uma aplicação de saúde pode exigir um tom mais formal e informativo, enquanto um aplicativo de redes sociais pode adotar uma abordagem mais casual e envolvente.
Linguagem: A linguagem utilizada deve ser adaptada ao público-alvo e ao contexto da interação. Isso não se refere apenas ao idioma, mas também ao estilo de comunicação. A escolha das palavras pode influenciar diretamente a forma como os usuários percebem e interagem com o produto. Ferramentas que utilizam modelos de linguagem avançados, como o GPT-4, podem ajudar a criar interações mais naturais e intuitivas.
Acordo: Este elemento refere-se ao entendimento mútuo entre o usuário e o sistema sobre o que está sendo oferecido e o que é esperado. Um acordo claro evita mal-entendidos e frustrações, garantindo que as expectativas dos usuários sejam atendidas de maneira eficaz.
Engajamento: O engajamento é alcançado quando o usuário está disposto a interagir com o sistema. Isso pode ser facilitado por um design intuitivo e por uma interface que responde de maneira rápida e eficiente às ações do usuário. O uso de feedbacks visuais e auditivos pode melhorar significativamente o nível de engajamento.
Transação: A transação é o processo de troca de informações entre o usuário e o sistema. Deve ser conduzida de maneira suave, garantindo que o usuário receba feedbacks claros e oportunos sobre o status de suas ações. Isso inclui confirmações de ações completadas e atualizações sobre o progresso de processos em andamento.
Aplicação Prática do Modelo CLEAT
Para aplicar o modelo CLEAT no dia a dia, é essencial:
Conhecer o Contexto: Realizar pesquisas e mapear a jornada do usuário para identificar os pontos de interação mais críticos.
Dominar a Linguagem: Desenvolver um guia de estilo que defina o tom e a voz do produto, garantindo consistência em todas as comunicações.
Ser Claro e Relevante: Priorizar a clareza e a relevância das informações apresentadas, evitando sobrecarregar o usuário com dados desnecessários.
Dar Feedback: Implementar sistemas de feedback contínuo para manter o usuário informado e engajado.
Saber o Que e Quando Falar: Planejar cuidadosamente as interações, garantindo que as perguntas e informações sejam apresentadas no momento certo.
Em Busca de Melhores Diálogos
A chave para projetar experiências de usuário eficazes é tratar cada interação como uma conversa. Ao integrar os elementos do modelo CLEAT, os designers podem criar interfaces que não apenas atendem às necessidades funcionais dos usuários, mas também proporcionam uma experiência mais rica e humana. Isso é especialmente relevante em um mundo onde as interações digitais estão se tornando cada vez mais prevalentes e complexas.
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